Pequenos gestos podem fazer a diferença na vida de muitas pessoas. Nesta segunda-feira, o setor de pediatria do Hospital Eugenio Espejo, em Quito, no Equador, teve a felicidade substituindo a dor. A criançada internada cantou, brincou e deu gargalhada ao receber a visita do mascote da Copa do Mundo, o Fuleco. Acompanhado dos Doutores da Alegria, o tatu-bola viveu dia de popstar e fez a alegria também dos pais e dos funcionários da clínica.
Com toda uma encenação hilária para divertir aqueles que vêm sofrendo numa cama de hospital, os Doutores da Alegria, integrantes da Fundação Cecília Rivadeneira (instituição que se utiliza apenas de recursos próprios para ajudar pessoas com enfermidades, principalmente o câncer) não mediram esforços para arrancar sorrisos de rostinhos tão indefesos. Mágicas, perucas e bolinhas de sabão não faltaram para tornar o ambiente bem mais ameno do que costuma ser no dia a dia.
Além do Fuleco e dos Doutores da Alegria, o jovem Wagner Ceballos foi convidado para dar um show à parte para a criançada. Craque do Freestyle (modalidade que exige truques improváveis com a bola nos pés), o garoto de 17 anos exibiu toda a sua habilidade para o suspiro daqueles que acompanhavam aquele momento tão especial na vida dos pequenos enfermos.
Idealizador da fundação, o engenheiro Wilson Merino não foi capaz de disfarçar a emoção que sentiu ao ver o encontro dos mascote da Copa do Mundo com doces crianças, que muitas vezes lutam pela vida sem mesmo terem tido tempo para aproveitar o melhor da mesma. A sua iniciativa de ajudar as pessoas deu-se há dez anos, quando sua mãe faleceu devido a um câncer. Nesta segunda, mais uma vez, teve a recompensa de ver a alegria estampada no rosto de quem tanto sofre.
- Isso tudo é lindíssimo para mim. Não tenho palavras. Vê-los felizes é o que paga o meu esforço. E de todas pessoas que veem este projeto como um bem para a sociedade. Temos cerca de dez mil voluntários e somos mais oito pessoas trabalhando para o sucesso da Fundação: cinco em Quito e três em Guayaquil – frisou Wilson, que tem apenas 31 anos e um coração do tamanho de três gerações.
Fonte: Globo